30 de janeiro de 2020 – Michelle Bachelet terminou visita de cinco dias ao país africano; para ela, primeira transição pacífica de poder desde a independência deve ser aproveitada para melhorar vida dos congoleses. A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, terminou uma visita à República Democrática do Congo pedindo que o governo e a comunidade internacional aproveitem a “janela de oportunidade” que existe depois de uma transição pacífica de poder.
Segundo Bachelet, este momento pode servir para deixar para trás uma história de conflitos, violações de direitos humanos e problemas socioeconômicos crônicos.
Visita
No final de uma visita de cinco dias, a alta comissária disse que a primeira transição política pacífica desde a independência, em 1960, “torna uma mudança positiva uma possibilidade.” Ela afirma que será necessário, no entanto, “um esforço conjunto e sustentado ao longo de muitos anos para lidar com tantos problemas.”
Bachelet iniciou sua visita na província de Ituri, no nordeste do país, duas semanas depois do seu Escritório publicar um relatório descrevendo crimes de guerra e crimes contra a humanidade na região. A pesquisa detalha abusos do grupo armado Lendu contra as pessoas da etnia Hema
Bachelet disse que os abusos “foram horríveis” e poderiam desencadear um conflito muito maior do que a guerra que aconteceu entre as duas etnias em 1999 e 2003, que causou dezenas de milhares de mortes.
Deslocados
No total, o país tem cerca de 5,3 milhões de pessoas deslocadas internamente, com muitas vivendo em condições deploráveis. Apesar das necessidades, as agências humanitárias da ONU receberam apenas 44% do financiamento pedido em 2019.
Bachelet pediu aos doadores que aumentem seu apoio este ano, dizendo que “é de partir o coração ver pessoas, algumas das quais perderam suas famílias inteiras, tiveram seus braços e pernas cortados com facões ou foram estuprados, lutando para sobreviver.”
A alta comissária lembrou que já visitou vários campos de deslocados na sua vida, mas disse que nunca viu “condições como as que existem em Ituri e são comuns nas áreas afetadas por conflitos do país.”
Encontros
Segundo a representante, “houve um tipo de normalização de atrocidades e violência sexual e uma aceitação da pobreza e privação” em todo o país, mas essa atitude “é injusta e está errada.”
Michelle Bachelet teve vários encontros com o primeiro-ministro e seis ministros. Depois da reunião com o Presidente Félix Tshisekedi, ela congratulou o dirigente pela sua promessa de introduzir educação primária gratuita para todas as crianças congolesas. Ela disse esperar um esforço significativo para tornar os cuidados de saúde mais acessíveis e mais acessíveis, com foco nas necessidades das mulheres.
Encerrando sua visita, a alta comissária disse que o país está em uma importante encruzilhada. Segundo ela, “2020 é o ano da ação.”
Fonte: ONU News
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