O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, expressou nesta segunda-feira (20) grave preocupação com a continuidade da detenção do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, bem como de outras 69 pessoas detidas durante os protestos públicos que ocorreram durante vários meses na Venezuela desde fevereiro deste ano.
“A detenção prolongada e arbitrária de manifestantes e opositores políticos na Venezuela está causando crescente preocupação internacional”, disse o alto comissário. “Esta situação só agrava a tensão no país.”
De acordo com as informações recebidas pelo Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, mais de 3.300 pessoas – incluindo menores de idade – foram detidos por períodos curtos entre fevereiro e junho deste ano.
Além disso, foram relatados mais de 150 casos de violações dos direitos humanos, incluindo vários casos de tortura. Pelo menos 43 pessoas foram mortas durante os protestos, incluindo um procurador e nove integrantes das forças de segurança. Os jornalistas e defensores dos direitos humanos também têm relatado ameaças, ataques e intimidações.
No mês passado, o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária expressou sua opinião de que a prisão de Leopoldo López, assim como de Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal, eram arbitrárias.
“Exorto as autoridades venezuelanas a agir de acordo com as opiniões do Grupo de Trabalho e libertarem imediatamente Lopez e Ceballos, bem como todos os detidos por exercer o seu legítimo direito de se expressar e protestar pacificamente”, disse Zeid. Ele também instou as autoridades a garantir que o devido processo legal seja garantido em todos os julgamentos, de acordo com as normas internacionais.
O alto comissário reuniu-se em Genebra na sexta-feira (17) com a mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori, para discutir a situação de todos os presos e suas famílias. Zeid condenou as repetidas queixas de ataques e intimidação voltados para aqueles que trabalham em defesa dos direitos humanos na Venezuela e pediu que eles sejam autorizados a continuar o seu trabalho e serem ouvidos, sem medo pela sua segurança.
“Meu escritório está extremamente preocupado com a situação atual e continuará a acompanhar de perto”, acrescentou.
Fonte: ONU Brasil http://www.onu.org.br/venezuela-onu-pede-libertacao-imediata-de-manifestantes-e-presos-politicos/
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