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ONU quer “transformação para pessoas e o planeta” na 77ª Assembleia Geral

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Nova sessão começa com o lema “Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência”; na abertura, secretário-geral menciona aposta em debate, reflexão e diplomacia nos esforços por um mundo de paz.

Nesta terça-feira, teve início na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 77ª. Sessão da Assembleia Geral. A partir de 20 de setembro, durante uma semana, acontecem eventos de alto nível com a participação de chefes de Estado e de governo de todo o mundo. 

Falando sobre os objetivos do novo ciclo, o presidente do órgão, Csaba Korosi, disse que pretende aplicar as grandes capacidades dos Estados-membros para que sejam encontradas soluções sistêmicas necessárias para transformar o mundo. 

Solidariedade

O lema da Presidência na 77ª. Sessão da Assembleia Geral é “Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência”.

Em discurso, o secretário-geral António Guterres disse que tais ingredientes são essenciais quando o mundo que aborda desafios partilhados e cria soluções comuns por um futuro melhor e mais pacífico. Ele ressaltou que a ONU atua em realidade marcada pelo perigo na missão de fazer avançar a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento.

Guterres mencionou desafios como conflitos, mudança climática, crise financeira em países em desenvolvimento, pobreza, desigualdade, fome, divisões e falta de confiança. Para que sejam mais bem atendidos, ele defende que haja solidariedade entre as nações.

O chefe da ONU disse que a organização é a casa da “cooperação global” e  a Assembleia Geral o que dá vida a essa colaboração.  António Guterres alertou que os meses adiante continuarão “testando a força e a durabilidade do multilateralismo que a ONU representa”. 

Debate, deliberação e diplomaci

Para que sejam encontrados consensos internacionais, o secretário-geral observou que o mundo deve continuar usando o que chamou “ferramentas” do debate, da reflexão e da diplomacia para a paz. 

Csaba Korosi disse que a nova sessão inicia num momento marcado por divisões geopolíticas cada vez maiores e incerteza prolongada. Ele destacou que, embora a realidade seja mais gerenciável, a pandemia continua causando danos.

Fatores como insegurança alimentar aguda, alta de preços da energia e interrupções na cadeia global de suprimentos levarão a escassez de alimentos para os que já enfrentam a situação, aliada à inflação recorde. 

Quanto aos conflitos, o presidente da Assembleia Geral destacou que a atual escala cria agitações humanitárias não vistas desde a 2ª. Guerra Mundial, o que testa as instituições.

Ao comentar particularmente a realidade na Ucrânia, Korosi caracterizou a situação como “um ponto de virada para todos”. Para ele, é preciso vigilância global porque podem ressurgir guerras frequentes no cenário internacional.

Transformação

Korosi disse que ao aceitar o posto jurou servir como agente do multilateralismo, multiculturalismo e multilinguismo. A cerimônia de posse aconteceu no fim da 76ª. Sessão, na segunda-feira. Ele reiterou ainda que a imparcialidade seria a marca registrada da atuação com sua equipe.

O líder do maior órgão deliberativo da ONU promete manter firmeza nos princípios da Carta das Nações Unidas, buscar abordagens integradas e aprimorar o papel da ciência na tomada de decisões além de “atuar para promover um progresso mensurável na transformação da sustentabilidade e cultivar a solidariedade”.

Para Korosi, não basta apenas avaliar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas apoiar-se  em bases científicas para se alcançarem as metas globais até o fim da atual década.

FIM

Fonte: ONU News

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