29 de março de 2019 – Todas as pessoas têm um sentimento profundamente enraizado de seu próprio gênero. Para algumas pessoas, pessoas, a identidade de gênero corresponderá ao sexo registrado na certidão de nascimento. Mas, para outras, o sexo designado ao nascimento não corresponde a quem elas realmente são. Essas pessoas são trans.
As identidades de gênero trans podem até ter outros nomes, com raízes históricas e culturais próprias, como hijra, terceiro gênero, dois espíritos, travesti, fa’afafine, transpinoy, muxe, waria e meti. Não há nada de errado com ser trans: isso é apenas parte da rica diversidade da natureza humana. Pessoas trans são uma porção vital de comunidades e culturas, conforme têm sido ao longo da história. Contudo, em um mundo no qual pessoas incorporam visões negativas e possuem conhecimento limitado sobre questões trans, essas pessoas sofrem hostilidade, discriminação e violência – apenas por serem quem são.
Pessoas trans estão muito mais suscetíveis a sofrerem bullying e ataques ou a serem assassinadas do que outras pessoas. Coberturas midiáticas inflamatórias e retóricas de líderes políticos ou de comunidades potencializam a hostilidade de ambientes já hostis. Às vezes, essa hostilidade contra pessoas trans é inclusive codificada em leis que barram o exercício de direitos básicos por parte desse grupo social. Por exemplo, em muitos países é impossível que pessoas trans tenham sua identidade de gênero reconhecida em documentos oficiais, como passaportes, carteiras de habilitação e documentos de identidade. Nos poucos locais onde isso é permitido, pré-requisitos cruéis são exigidos, como esterilizações e divórcios forçados. Sem documentos de identidade adequados, pessoas trans são excluídas de atividades diárias – desde abrir contas bancárias e se candidatarem a empregos até alugar uma casa ou viajar a outro país. Viver abertamente como si mesmo é algo que muitas pessoas tomam por garantido. Para pessoas trans, isso pode ser bastante perigoso.
Viver autenticamente – ser visível – requer muita coragem. Mas, com o aumento da visibilidade de pessoas trans em nossas comunidades, na mídia e na vida pública, amplia-se a consciência e mudam-se atitudes cotidianas – itens-chave para assegurar direitos fundamentais de pessoas trans.
É hora de parar de violar aqueles que são diferentes de nós. É hora de se posicionar a favor dos direitos da comunidade trans. É hora de celebrar a visibilidade trans!
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