No dia 10 de dezembro, a ONU Brasil marcou o Dia dos Direitos Humanos com a exibição do filme “Home is Somewhere Else” seguido de debate sobre migração e direitos humanos.
Reunindo cerca de 60 pessoas na Universidade de Brasília (UnB), o evento faz parte do Festival Internacional de Cinema e Fórum de Direitos Humanos de Genebra (FIFDH) e ainda celebrou os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e ressaltou o Dia Internacional dos Migrantes, 18 de dezembro.
No dia 10 de dezembro, a ONU Brasil marcou o Dia dos Direitos Humanos com a exibição do filme “Home is Somewhere Else” seguido de debate sobre migração e direitos humanos. Reunindo cerca de 60 pessoas na Universidade de Brasília (UnB), o evento faz parte do Festival Internacional de Cinema e Fórum de Direitos Humanos de Genebra (FIFDH) e ainda celebrou os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e ressaltou o Dia Internacional dos Migrantes, 18 de dezembro.
A voz das pessoas migrantes
O cine debate contou com a participação de famílias migrantes e a comunidade universitária. Antes da exibição do filme, o público assistiu à mensagem do Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, que destacou que os direitos humanos são universais e “dão voz e oportunidades às pessoas excluídas”.
Tanto no filme quanto no debate, pessoas migrantes compartilharam suas trajetórias. “Home is Somewhere Else” (“Minha casa está em outro lugar”, em português) é um documentário animado sobre três famílias mexicanas vivendo nos Estados Unidos. O debate, mediado pela Agência da ONU para as Migrações (OIM), contou com contribuições das venezuelanas Nadia e Yesenia, e da coordenadora de projetos na área de integração socioeconômica da OIM, Thais La Rosa.
“Cheguei com 3 filhas, sou mãe solteira e, como muitos venezuelanos, saí em busca de uma vida melhor para meus filhos”, disse Nadia que há sete meses está em Brasília. Ela participa do programa de qualificação profissional do Governo do Distrito Federal, Renova DF, que graças a uma parceria iniciada com a OIM em 2023, capacitou mais de 400 pessoas da Venezuela e de outras nacionalidades em situação de vulnerabilidade no setor de construção civil pelo Senai-DF, permitindo que coloquem em prática seus conhecimentos revitalizando áreas públicas locais.
Yesenia também expressou gratidão pelo apoio recebido ao chegar ao Brasil e relatou sobre seu processo de integração. “Tive a oportunidade de encontrar pessoas muito boas desde que cheguei aqui, que são minha rede de apoio. Aos poucos vamos nos adaptando, aprendendo o idioma, mas sem perder nossas raízes”, relatou a venezuelana de 46 anos que faz parte de uma turma de um curso de atendentes de farmácia, pensando em um futuro mais próspero e em estar sempre se aprimorando.
Lei de Migração brasileira
“O Brasil tem uma das leis de migração mais humanas do mundo e sua resposta humanitária para o fluxo venezuelano, a Operação Acolhida, é referência na região”, afirmou Thais La Rosa da OIM ao abordar a importância da integração das pessoas migrantes e de sua documentação para que elas possam exercer seus direitos e deveres no país de acolhida.
Para a professora do Departamento de Letras da UnB, Monique Leite Araujo, que tem alunos que atuam com pessoas da Venezuela, a iniciativa é uma oportunidade para que conheçam melhor essa realidade.
“Escutar esses relatos ajuda a conectar a teoria da sala de aula com a prática nas escolas”, ressaltou a docente.
A sessão no Brasil foi realizada em parceria com o Escritório da ONU Direitos Humanos para a América do Sul, o Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), a OIM e o Escritório da Coordenadora Residente da ONU no Brasil, com apoio da UnB e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
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FIM
Fonte: ONU Brasil