GENEBRA (27 de febrero de 2023) – Genebra abriga a 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos com mais de 150 oradores, incluindo chefes de Estado, de governo, ministros e altos funcionários da ONU.
A reunião que marca o 75º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos acontece em formato híbrido até 4 de abril. O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou na abertura do evento e destacou as violações desencadeadas como a da Rússia à Ucrânia.
Solução
O secretário-geral afirmou que os direitos humanos não são um luxo do qual se abdica até que se encontre uma solução para os outros problemas do mundo, mas sim “a solução para muitos dos outros problemas do mundo.”
Para António Guterres, houve um retrocesso no respeito aos princípios fundamentais. Ele apontou questões como emergência climática, mau uso da tecnologia, cujas respostas, se encontram nos princípios fundamentais.
O líder das Nações Unidas considera tais princípios inatos ao ser humano, e citou deveres similares que existem em preceitos como dos vedas hindus, dos ensinamentos de Confúcio na China, da Bíblia e do Corão.
Ameaças aos direitos
Guterres acredita que o desrespeito e o desdém pelos direitos humanos observados em todo o mundo como são um alerta. No caso da Ucrânia, ele declarou que a invasão russa desencadeou as violações mais massivas dos direitos humanos que são testemunhadas no mundo atual. Como exemplos indicou registros de “morte, destruição e deslocamento generalizados”.
O secretário-geral ressaltou que houve progressos no século passado, mas alertou que agora, “em vez de o avanço continuar, retrocedeu”.
Consequências globais
Ao assumir a tribuna, o alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, alertou que 75 anos depois que o mundo concordou com a universalidade dos princípios, “a opressão do passado pode retornar em vários disfarces.”
O presidente da Assembleia Geral também citou a guerra entre crises interconectadas como Covid-19, a marginalização da mulher, a emergência climática e a erosão de confiança no sistema multilateral.
Csaba Korosi recomenda que perante esta realidade, os governos deem um passo atrás e reconheçam que estas crises são humanas.
O líder do principal órgão deliberativo da ONU espera que ao se confrontar a crise de confiança, a prioridade seja o Estado de Direito e que a via da transformação para sociedades e instituições seja baseada no respeito aos direitos humanos.
FIM
Fonte: ONU News
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