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Dia da Memória do Holocausto Romani: pessoas defensoras da região participaram de atividades comemorativas na Europa

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CRACÓVIA (5 de agosto de 2024) – Em comemoração ao Dia da Memória do Holocausto Romani, 2 de agosto, um grupo de defensores dos direitos do povo romani da América do Sul viajou para a Europa para participar de atividades de conscientização sobre o extermínio deste povo durante o regime nazista.

Dentre as atividades, que contaram com mensagens do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, foi realizado uma cerimônia no antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, em memória aos 80 anos do extermínio de mais de 3.000 prisioneiros no “Zigeunerlager”, a seção do campo destinada ao povo romani.

Pela primeira vez, os eventos contaram com a presença de uma delegação de pessoas romanis das Américas, que chegou à Cracóvia em 29 de julho e participou de várias atividades organizadas pela organizaçao Dikh He na Bister (“Veja e não se esqueça”, em romanes) e pelo Centro de Cultura e Documentação dos Sinti e Roma Alemães.

Para Damián Cristo, ativista romani argentino e descendente de sobreviventes do Holocausto, este evento que ocorre todos os anos permite que mais pessoas romanis conheçam sobre esse trágico passado e se conscientizem afim de evitar que a história se repita. “Meu sonho é alcançar uma reparação histórica efetiva para as nossas vítimas, com um julgamento simbólico dos nazistas”, afirmou Cristo.

Michel Kriston, ativista brasileiro e membro da Associação Internacional Mayle Sara Kali (AMSK), destacou a importância do reconhecimento do Holocausto pelo seu país por outros países da região: “O Brasil deve reconhecer a importância dessa data na luta intransigente pelos direitos humanos do povo romani na América Latina”, comentou Kriston.

Após a visita à Polônia, a delegação viajará para a República Tcheca, onde visitará museus, instituições e dois antigos campos de concentração, em Lety e Hodonín u Kunštátu. O grupo também participará de reuniões e eventos com a sociedade civil romani, o governo tcheco e universidades. Nessas reuniões, serão discutidas as realidades vividas pelo povo romani nas Américas e na Europa e será apresentado o Mapa da Memória Romani, um projeto colaborativo entre a ONU Direitos Humanos, a sociedade civil e universidades, que visa valorizar a memória do povo romani nas Américas.

Aline Miklos, consultora de Direitos Humanos da ONU, membro da comunidade romani brasileira e uma das organizadoras da missão, destacou que o objetivo de levar uma delegação de pessoas romanis para participar desses eventos é capacitá-los na luta pela verdade, preservação e valorização da memória, e na reivindicação de políticas públicas para o povo romani nas Américas.

Além de participantes do Brasil e da Argentina, a delegação também incluiu representantes da Colômbia, do Canadá e dos Estados Unidos.

Para mais informações sobre o trabalho do ACNUDH relacionado ao povo romani, clique aqui.

FIM

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