A política estadual de violações sistemáticas aos direitos humanos no Peru, incluindo desaparecimentos forçados, encerrou-se, disse uma delegação do grupo de trabalho das Nações Unidas sobre desaparecimentos forçados ou involuntários, concluindo sua visita oficial ao país de 1 a 10 de junho.
“O governo peruano tem conseguido, com grande esforço, prevalecer sobre a violência subversiva. No entanto, marcas profundas e feridas permanecem abertas”, disse o especialista em direitos humanos Ariel Dulitzky, que atualmente lidera o grupo de trabalho. “É urgente que o Estado defina como prioridade imediata a busca da verdade sobre o destino e o paradeiro das pessoas desaparecidas devido ao longo lapso de tempo entre os eventos e o presente, como muitas testemunhas, parentes e perpetradores têm idade avançada e problemas de saúde.
O grupo de trabalho instou o governo do Peru a superar desafios significativos como a falta de um número exato de pessoas desaparecidas, a falta de um plano nacional para a busca de pessoas desaparecidas e um mapa nacional de sepulturas, exumações limitados e identificações de pessoas desaparecidas e a ausência de uma base de dados genéticos. Os especialistas também alertaram para os poucos processos concluídos e o lento progresso do mesmo, assim como as brandas sanções para os autores e a falta de atenção psicossocial abrangente recebida pelas vítimas.
O grupo de trabalho apresentará um relatório detalhado sobre a sua visita ao Peru perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2016.
Fonte: ONU Brasil: http://nacoesunidas.org/desaparecimentos-forcados-apos-30-anos-feridas-seguem-abertas-no-peru/
Mais informações (em espanhol): https://acnudh.org/2015/06/peru-desapariciones-forzadas-30-anos-despues-las-heridas-siguen-abiertas/
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