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Chefe de Direitos Humanos da ONU traça “Caminho de Soluções” para os próximos anos

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(26 de fevereiro de 2024) – Durante a sessão de abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada nesta segunda-feira (26) em Genebra, o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, apresentou proposta com oito eixos para orientar ações renovadas pela paz, governança e desenvolvimento sustentável. 

Intitulada “Direitos Humanos: Um Caminho para Soluções”, a proposta foi elaborada com amplo envolvimento com pessoas em todo o mundo, no âmbito da campanha #DireitosHumanos75, que assinala os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

Em um mundo cada vez mais caracterizado pela fragmentação, o Alto Comissário destaca que a comemoração do 75º aniversário da Declaração Universal é uma rara oportunidade para uma reflexão coletiva sobre a trajetória dos direitos humanos, os seus êxitos e fracassos e a atual crise de implementação.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, apresentou hoje uma declaração de visão, com “sinais para os próximos anos” para os direitos humanos, à medida que o mundo navega uma série de desafios.

Ao discursar na sessão de abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Türk disse que a declaração continha oito mensagens para orientar ações renovadas pela paz; economias que trabalham para as pessoas e para o planeta; governança efetiva e linhas de proteção para o progresso digital e científico.

“Amplia forma como pensamos os direitos, de modo a transformar as sociedades e a nossa comunidade global”, afirmou às delegações, acrescentando que espera que o plano informe as lideranças mundiais reunidas para a Cúpula do Futuro, em setembro.

Intitulada “Direitos Humanos: Um Caminho para Soluções”, a declaração foi elaborada com base em um amplo envolvimento com uma série de atores, na sequência da Iniciativa Direitos Humanos 75

Há setenta e cinco anos, a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos assinalou uma nova era de progresso em direção à dignidade humana e ao direito de todos, afirmou Türk em seu discurso.

“Em retrospectiva, percorremos um longo caminho nessa jornada, mas estamos em um momento precário e não podemos tomar as coisas como garantidas”, acrescentou, citando conflitos devastadores, a tripla crise planetária, desigualdades crescentes e novas tecnologias poderosas cujos riscos ainda não foram compreendidos.

“Ao enfrentarmos estes desafios, recordamos a convicção da Declaração de que, seja qual for o contexto, é por meio do respeito pelos direitos humanos que construímos um futuro melhor para a “nossa família humana”.

Em um mundo cada vez mais caracterizado pela fragmentação, o Alto Comissário afirmou que a comemoração do 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos constituiu uma rara oportunidade para uma reflexão coletiva sobre a trajetória dos direitos humanos, os seus êxitos e fracassos e a atual crise de implementação.

“É precisamente nestes momentos, em que as liberdades são tão ameaçadas, que a Declaração e o quadro global dos direitos humanos que ela criou são mais necessários. A divisão, os resultados desiguais e as crises insolúveis não são uma inevitabilidade”. 

Türk definiu as oito mensagens seguintes, que constituem a espinha dorsal da declaração de visão:

  1. Temos uma forte base de apoio global para os direitos humanos: é preciso apoiá-la e dar-lhe espaço para inovar. 
  2. Para pôr fim aos ciclos de conflito, temos de colocar os direitos humanos no centro da prevenção e da construção da paz;
  3. Temos de transformar as nossas economias com a igualdade e a sustentabilidade no centro. 
  4. A ação ambiental, incluindo a mudança climática, deve estar baseada nos direitos humanos. 
  5. A governança deve ser reativa: por meio da plena participação e pelo fim da impunidade. 
  6. O engenho humano deve estar ao serviço da humanidade: tecnologia e ciência que elevem todas as pessoas. 
  7. É tempo de ir além da voz: juventudes e crianças devem ser incluídas de forma significativa na tomada de decisões e devemos atuar em nome das gerações futuras. 
  8. Nada disto pode ser alcançado sem o fortalecimento do nosso sistema de direitos humanos.

“Quando a Declaração atingir o seu centenário, o nosso mundo estará irreconhecível em muitos aspectos”, afirmou o Alto Comissário. 

“Remodelado por megatendências, mais incógnitas desconhecidas e uma complexidade cada vez maior. Abrem-se dois caminhos: Um de cooperação e solidariedade esclarecidas, em busca de um equilíbrio estável com o nosso mundo natural. O outro, inequivocamente distópico”.

Saiba mais: 

FIM

Fonte: OHCHR

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http://www.standup4humanrights.org

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