8 de outubro de 2021- A alta comissária para os Direitos Humanos expressou alarme com os recentes ataques contra membros dos povos Yanomami e Munduruku do Brasil por mineiros ilegais na Amazônia.
Discursando esta sexta-feira, em Genebra, Michelle Bachelet citou tentativas de legalizar a entrada de empresas em territórios indígenas e limitar a demarcação dessas terras no fim de mais uma sessão do Conselho de Direitos Humanos.
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Garimpeiros
As tensões envolvendo os garimpeiros ilegais na região amazônica foram divulgadas em julho por agências de notícias.
Bachelet destacou a apreciação de projeto de lei sobre o tema na Câmara dos Deputados no Brasil.
O apelo dirigido às autoridades brasileiras é que revertam políticas que afetam negativamente os povos indígenas e não se retirem da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho sobre Povos Indígenas e Tribais.
Outra razão da preocupação do escritório de Direitos Humanos é o novo projeto de legislação antiterrorismo no Brasil.
De acordo com Bachelet, a proposta “inclui disposições excessivamente vagas e amplas que apresentam riscos de abuso, especialmente contra ativistas sociais e defensores dos direitos humanos”.

Situação haitiana
O Haiti foi outra nação das Américas mencionada no discurso da chefe de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Bachelet pediu foco dos envolvidos para garantir a resiliência do país caribenho, com o progresso sustentável nos direitos econômicos e sociais e atenção especial às mulheres e meninas.
A alta comissária destacou o assassinato do presidente Juvenal Moise, em julho passado.
Para ela, o incidente é um exemplo da crescente insegurança do país. Sua maior preocupação em relação ao Haiti é com ataques contínuos contra funcionários judiciais e defensores dos direitos humanos.
Fonte: ONU News
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