8 de março de 2022 – No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a ONU Direitos Humanos celebrará e mostrará o trabalho de mulheres e meninas defensoras de direitos humanos, de diversas origens e identidades, que promovem individual e coletivamente a igualdade de gênero e os direitos humanos como parte do movimento para a justiça ambiental.
“Em todo o mundo, mulheres e meninas defensoras dos direitos humanos de todas as idades, origens e identidades estão liderando a luta para proteger nosso meio ambiente”, disse a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. “Apesar dos contratempos e do subfinanciamento crônico, elas, bem como os movimentos feministas que lideram, continuam pedindo maior engajamento e ações urgentes para salvaguardar nosso futuro”.
Individual e coletivamente, em todo o planeta, esses ativistas estão exigindo ações urgentes para proteger o meio ambiente, para salvaguardar o presente e nosso futuro, como gestores de recursos e defensores de estilos de vida sustentáveis, bem como defensoras fervorosas dos direitos humanos, da terra, da água, a natureza e as comunidades.
A igualdade de gênero é a base de um mundo justo, igualitário e sustentável
Estudos mostram repetidas vezes que as mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade sofreram o maior impacto pelas mudanças climáticas e da perda de biodiversidade e poluição devido à sua idade, ascendência, etnia, raça, classe econômica e social, origem indígena, identidade de gênero, orientação sexual, status de imigração e deficiências. Esta tripla ameaça ao planeta continua a colocar em risco o seu direito humano a um ambiente limpo, saudável e sustentável.
Começar efetivamente a enfrentar esta crise exigirá uma abordagem sensível ao gênero e baseada nos direitos humanos que aborde as causas profundas da desigualdade, discriminação e marginalização, deixando espaço para as contribuições relevantes que todas as mulheres, especialmente mulheres e pessoas com identidades de gênero diversas, afrodescendentes, indígenas, mulheres negras, mulheres migrantes, mulheres jovens e meninas, bem como mulheres com deficiência.
A mudança climática é uma crise de direitos humanos que exige uma resposta feminista.
Mulheres e meninas exigem maior participação e ação urgente para salvaguardar seu futuro
As evidências mostram que, embora os avanços na igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas possam levar a uma melhor segurança alimentar e econômica e a uma tomada de decisão muito mais consciente do meio ambiente, mulheres e meninas defensoras dos direitos humanos continuam sendo excluídas dos espaços de tomada de decisão e não sendo levadas a sério, sem financiamento, sem treinamento ou proteção contra a intimidação e a violência, e recebendo frequentemente ataques contra suas famílias, sua reputação, seu gênero, sua sexualidade, sua raça e sua deficiência. Devemos reconhecer, apoiar, promover, financiar, celebrar, participar e defender mulheres e meninas defensoras dos direitos humanos – em toda a riqueza de sua diversidade. Una-se a nós.
“Toda vitória da ação social é uma vitória da inclusão e da diversidade. É o resultado da união coletiva das pessoas para exigir e fazer acontecer mudanças, incluindo a promoção do direito humano a um meio ambiente limpo, saudável e sustentável”, afirma Bachelet. “Eu estou com elas. Por um presente melhor e um amanhã mais equitativo, justo e sustentável”.
Saiba mais sobre a campanha do Dia Internacional da Mulher deste ano com o tema “Igualdade de Gênero para um Futuro Sustentável”.
FIM
Fonte: ACNUDH
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