2 de maio de 2017 – O governo brasileiro precisa tomar mais medidas para combater a impunidade que parece existir nos assassinatos e ataques violentos contra defensores dos direitos humanos, afirmou na segunda-feira (1) o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
“Vimos um aumento do número de ataques contra defensores de direitos humanos no Brasil, e mais precisa ser feito pelo governo para combater a impunidade que parece existir nos crimes violentos contra aqueles que defendem os direitos humanos”, disse Zeid.
O alto-comissário da ONU lembrou que de 20 de abril até o início de maio ao menos nove defensores dos direitos humanos tinham sido mortos no estado do Mato Grosso, incluindo membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo Zeid, a Comissão Pastoral da Terra informou à ONU a ocorrência de 61 assassinatos de defensores de direitos humanos no Brasil em 2016.
“O Pará é um dos estados mais violentos em termos de disputas por terras, damos boas vindas à iniciativa do estado de estabelecer um programa de proteção a defensores dos direitos humanos, e pedimos as autoridades que deem andamento ao funcionamento do programa”, declarou.
Zeid também comentou o impacto da corrupção de agentes do setor público e privado para a garantia dos direitos humanos no Brasil.
“Naturalmente, sempre que a corrupção é exposta, revelada, normalmente ela ocorre às custas dos compromissos e obrigações de direitos humanos relacionadas a pessoas e comunidades que deveriam estar sendo beneficiadas por serviços e apoio governamental, assim, é algo corrosivo para a agenda de direitos humanos, e precisa ser seriamente abordada”, declarou.
FIM
Fonte: ONU Brasil
ONU Direitos Humanos – América do Sul
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